O Rio Douro, desde tempos imemoriais, é um símbolo do trabalho da terra, da moldagem dos terrenos e socalcos, do trabalho nas vinhas, do processar das uvas, em suma, de todo um processo económico, cultural e social que, manifestamente, transcende a mera ocupação humana do território.
No entanto, foi a partir de 1756, no reinado de D. José I, que se verifica, através das opções políticas e económicas do Marques de Pombal, um plano de ação diversificado sobre a vinha e o vinho nas margens do rio Douro. É criada, com o intuito de preservar a produção de vinho de feitoria e a qualidade do mesmo, a 1ª região demarcada e regulamentada do mundo.
Tendo em conta a especulação e as tentativas de fraude associadas ao negócio dos vinhos, sobretudo derivado da sua crescente procura no mercado inglês, os legisladores determinaram a elaboração de marcações físicas no território e critérios de venda a nível de preços, dependendo da zona onde as uvas eram cultivadas.